Percebe-se, no giro dado pelo campus da Unipac, várias antíteses, dadas principalmente, entre os propósitos de construção e a real utilização de vários equipamentos construtivos.
Nota-se, ao sair da sala de aula, que os corredores e as escadas, projetados para circulação, assumem uma proposta de local de convívio, bate papo. As escadas, inclusive, são usadas como assento, proporcionando aos estudantes, uma interação ainda mais confortável.
Os estacionamentos não são cobertos, o que em dias chuvosos, de certo modo, desertifica o local.
No teatro de arena, raramente notamos a presença de alguém, não pelo fato de ser descoberto, mas principalmente, por ser uma obra recente, que ainda não assumiu uma identidade perante os usuários do campus. Acredito ser um espaço interessante, que precisa de intervenções, para que ocorra um melhor aproveitamento do mesmo, não o permitindo cair em desuso.
A cantina recebe também um papel de abrigo, pois, por se tratar de uma praça de alimentação coberta, serve de esconderijo para pessoas que não esperavam um tempo chuvoso.
Ao transitar pelo hall principal, vê-se que a área esquematizada como elemento direcionador dos fluxos, também tornou-se um espaço de convívio, claramente ilustrado nas jardineiras, que são constantemente usadas como assentos e pontos de interação entre vários grupos de amigos.
Enfim, o exercício psicogeográfico proporciona uma maior sensibilidade, o que de fato, facilita no projetar, uma vez que deve ser previsto, para um mesmo lugar, várias formas futuras de utilização, considerando os possíveis usuários e a probabilidade do local receber evoluções tecnológicas, eventos diversos, fatores estes, que causam direta ou indiretamente, grandes impactos nas relações sociais dos usuários.
Rodrigo Silvestre dos Santos - Arquitetura e Urbanismo - 4º Período
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